Brasil comemora Dia Mundial do Turismo com expansão do setor

O mercado turístico brasileiro continua registrando tendência de expansão em seus negócios, aumento no faturamento e ampliação do número de funcionários. Essa é a percepção da grande maioria dos empresários do setor, registrada no 11º Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, cujos números mostram que os negócios de 82% do empresariado se encontram em expansão; 70% deles registram aumento no faturamento e 58% contrataram novos funcionários. A tendência é a mesma verificada no boletim anterior. “Estamos cumprindo nossas principais metas, que são a profissionalização do setor e o crescimento de empregos”, comemora o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia.
Realizado trimestralmente pelo Núcleo de Turismo da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), o boletim faz uma análise consolidada do setor, considerando de forma ponderada a opinião apurada junto a cada um de seus oito principais segmentos: agências de viagens; transporte aéreo; meios de hospedagem; parques temáticos e atrações turísticas; operadoras de receptivo; operadoras de turismo; organizadores de eventos e restaurantes.
Além da análise consolidada do setor turístico como um todo, o boletim também detalha a percepção dos empresários de cada um dos segmentos que o compõem. As respostas registram otimismo de todos eles, inclusive o do transporte aéreo. É necessário ressalvar, no entanto, que a Varig, empresa que passa por uma crise pública e notória, não respondeu às perguntas do boletim, e que portanto a percepção verificada nesse segmento limita-se às das demais empresas aéreas.
O boletim retrata a percepção dos empresários por meio de saldos, ou seja, a média ponderada das respostas (positivas, neutras e negativas). Quando superior a 10%, o saldo indica percepção favorável. O saldo de percepção do empresariado em relação ao faturamento ficou em 52%, com variação média de 5,8% (do faturamento) em relação ao boletim passado. Comparado com o boletim anterior, o saldo de respostas sobre a expansão dos negócios variou positivamente em 30%: subiu de 47% para 77%.
O saldo de respostas em relação à expansão do número de funcionários ficou em 40%. Já em relação à previsão de ampliação do quadro de pessoal em julho e setembro o saldo foi de 60%. Registraram saldos elevados de previsões de novas contratações nesse período as empresas aéreas (97%), os parques temáticos e atrações turísticas (67%) e os meios de hospedagem (59%).
Uma vez que prevêem expansão dos negócios e do número de funcionários, as empresas também estão antevendo a majoração de seus custos operacionais: todos os segmentos fazem essa previsão, sendo que os mais elevados saldos foram registrados entre as agências de viagens (81%) e as operadoras de turismo (73%).
Segundo semestre de 2006 - Os empresários também estão otimistas em suas previsões para o segundo semestre de 2006, em comparação com o mesmo período de 2005. Todos os segmentos turísticos, sem exceção, esperam aumentar o faturamento, com 81% de respostas positivas e saldo de 75%. Caso esse aumento se confirme, haverá uma variação média positiva de 8,3% no faturamento das empresas. Os mais otimistas em relação ao aumento são as empresas de transporte aéreo (saldo de 96%); operadoras de turismo (87%) e parques temáticos e atrações turísticas (83%).
Quanto ao quadro de pessoal, 56% do mercado prevêem aumento de contratações, com saldo de 45%. Os saldos mais elevados em relação à intenção de contratações são as empresas de transporte aéreo (97%) e as de parques temáticos e atrações turísticas (78%).
As respostas foram coletadas entre 2 e 30 de julho, e correspondem à percepção dos empresários em relação ao segundo trimestre de 2006. Foram pesquisadas 762 empresas das 27 unidades da federação, que juntas possuíam, em junho, 40.513 postos de trabalho. Essas empresas venderam, no trimestre, R$ 3,8 bilhões, e esperam faturar, em 2006, um total de R$ 15,2 bilhões. O primeiro boletim da FGV foi divulgado em fevereiro de 2004 e analisava o último trimestre de 2003.