domingo, agosto 13, 2006

"Mudanças a caminho na promoção" de Portugal

Como resulta de um artigo da jornalista Inês Sequeira, constante do Público de hoje, "O Instituto de Turismo de Portugal (ITP) vai passar a ser mais interventivo na forma como se desenvolve a promoção internacional através das agências regionais de promoção turística (Norte, Centro, Alentejo, Lisboa e Algarve), entidades público-privadas que desde 2003 assumem um papel importante na divulgação de destinos portugueses no estrangeiro.
Esta foi uma das novidades recentemente anunciadas ao sector pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, e pelo novo presidente do ITP, Luís Patrão, tendo em vista as alterações aos contratos que vão ser assinados no final de Setembro entre as agências regionais e o instituto, para o próximo triénio (2007-2009).
É também uma medida vista com bons olhos pela Associação de Turismo do Algarve, agência de promoção turística da região. 'No passado, deu-se muita liberdade às agências. Acho bem que passe a haver uma maior interligação', afirmou ao PÚBLICO o presidente daquela entidade, Helder Martins. Uma das novas apostas das campanhas publicitárias da região será o turismo residencial, tendo em conta que este é um dos novos produtos do Plano Estratégico Nacional de Turismo, acrescentou aquele responsável.
O crescimento do dinheiro atribuído pelo Estado à divulgação do destino Portugal, em detrimento dos fundos para as regiões, é outra das mudanças já decididas pelo Governo. Dos 41,8 milhões de euros orçamentados pelo ITP para a promoção turística externa entre 2007 e 2009, a marca Portugal terá direito a 20,2 milhões de euros (48 por cento). Destes, 6,6 milhões serão dedicados à divulgação de eventos de âmbito nacional.
Face à nova política anunciada, João Moita, da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, espera que as coisas melhorem em relação ao presente. 'As agências regionais trabalham cada uma por si e o Instituto de Turismo deixou praticamente de fazer promoção da marca Portugal, uma vez que as delegações do ICEP passaram a trabalhar quase só para o comércio', nota aquele responsável.
Já os destinos regionais deverão perder uma parte das verbas em termos globais, já que deixam de ter direito a financiamento dos fundos comunitários e o reforço de financiamento do Estado irá limitar-se às verbas executadas nestes últimos três anos, até ao final de 2006 (cerca de 60 por cento). No total, o ITP pretende destinar 21,6 milhões de euros a financiamento da actividade das agências regionais de promoção turística, dos quais 6,6 milhões para eventos." (As hiperligações foram acrescentadas)