"Crescer: razões conjunturais, estruturais?"

"O sector do turismo terá em 2006 um dos melhores exercícios dos últimos anos, havendo mesmo o 'risco' de ultrapassar, em algumas regiões, o mítico 2001, considerado como o melhor ano de sempre do turismo português. Aqueles que sempre avaliaram o desempenho do secretário de Estado do Turismo pelas estatísticas do ano, vão ser obrigados, por coerência (será que vai existir?), a 'decretar' o actual responsável pela secretaria de Estado do Turismo como o melhor de sempre (o que tratando-se do dr. Bernardo Trindade, que faz o favor de ser meu amigo, me dá grande alegria).
Por mim, nunca considerei que os resultados do(s) ano(s) turístico(s) sejam o melhor indicador da eficácia da acção governativa e nesta fase o que me interessa é tentar perceber se estes registos são motivados por uma melhoria dos factores de competitividade dos destinos portugueses, nomeadamente do Algarve, da Madeira e da área da Grande Lisboa, pelo que são valores sustentáveis e fruto de factores estruturais ou se este bom ano turístico é apenas conjuntural." Assim começa um artigo de opinião de José Theotónio, Administrador do Grupo Pestana, publicado no Diário de Notícias de hoje e acessível na íntegra.