sábado, junho 03, 2006

"Acordo aéreo Portugal-Japão não tem prioridade"...

Nos termos de um artigo da jornalista Inês Sequeira, constante do Público de hoje, "'A necessidade de se estabelecerem voos em code-share' entre Portugal e o Japão foi ontem um dos principais temas em cima da mesa, numa reunião entre o secretário de Estado do Turismo e o embaixador do Japão, Satoshi Hara, indicou ontem em comunicado o gabinete de Bernardo Trindade.
Em causa está o objectivo de aumentar o fluxo de turistas nipónicos, que no ano passado representaram apenas 0,5 por cento das dormidas globais na hotelaria portuguesa, num total de 170.206 pernoitas. A evolução foi, aliás, negativa face ao ano anterior, com uma descida de 18,4 por cento nas dormidas, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística.
Contactado pelo PÚBLICO, o porta-voz da TAP, António Monteiro, reafirmou ontem o 'forte interesse' da companhia aérea em realizar um acordo de code-share (partilha de códigos) com a parceira japonesa no âmbito da Star Alliance, a All Nippon Airways. 'Existe um número significativo de passageiros da TAP que demandam o Japão', acrescentou o mesmo responsável. Tóquio está aliás entre os cinco destinos mais procurados por passageiros da transportadora que não são servidos por voos directos a partir de Portugal.
Desde já, lembrou, existe um forte obstáculo a uma parceria comercial entre companhias dos dois países: não existe qualquer acordo bilateral de transporte aéreo entre Portugal e o Japão, que teria de ser negociado ao nível dos Estados e das autoridades aeronáuticas.
Já a porta-voz do Instituto Nacional de Aviação Civil, Sílvia Santos, salientou que até muito recentemente, 'não tinha havido qualquer manifestação de interesse de companhias portuguesas interessadas em realizar voos directos para o Japão', incluindo ligações charter.
O interesse da TAP 'vai ser ponderado', mas a mesma fonte lembrou que 'as prioridades do INAC e da tutela são a actualização dos acordos com os PALOP, com a África em geral e com a América do Sul'. Existe também desacordo das autoridades japonesas face à actual legislação comunitária do sector, acrescentou, o que pode provocar dificuldades a uma eventual
negociação." (As hiperligações foram acrescentadas)