O Carnaval, o Turismo e a Cidade
O Carnaval vem ganhando nos últimos anos uma vertente, voltada para o show business. O BRASIL foi assistindo a uma proliferação de sambódromos e a uma apresentação de escolas, cada vez mais profissionais e com alas voltadas para turistas ou pessoas de poder aquisitivo alto, por força do preço das fantasias. Parece brincadeira, estamos querendo reproduzir à la brasileira os grandes musicais da Broadway. A cada ano que passa, o evento vai se afastando da suas raízes e se tornando um espetáculo grandioso, é verdade, mas fugindo do conceito primário do carnaval
.O Carnaval de Rua vai desaparecendo:Salvador, que é um exemplo de participação popular nas ruas, cria guetos com segurança durante a folia, isolando os que podem pagar e receber uma proteção extra. O Rio de Janeiro está conseguindo uma proeza com os blocos, sobretudo na zona sul da cidade, para manter acesa a animação do povo. As bandas de Ipanema e Sovaco, apenas para exemplificar permitem reviver momentos de glória da cidade maravilhosa, outrora com as ruas enfeitadas, mormente a Rio Branco..
Nota-se também o interesse da mídia em veicular artistas e famosos em camarotes. São páginas e páginas que se limitam a falar de feijoadas, flirts de personalidades, com raras exceções, como aconteceu com a eleição da personalidade carnavalesca, por Joaquim Santos ou ainda os troféus que contam com a participação popular na escola.
.O Carnaval de Rua vai desaparecendo:Salvador, que é um exemplo de participação popular nas ruas, cria guetos com segurança durante a folia, isolando os que podem pagar e receber uma proteção extra. O Rio de Janeiro está conseguindo uma proeza com os blocos, sobretudo na zona sul da cidade, para manter acesa a animação do povo. As bandas de Ipanema e Sovaco, apenas para exemplificar permitem reviver momentos de glória da cidade maravilhosa, outrora com as ruas enfeitadas, mormente a Rio Branco..
Nota-se também o interesse da mídia em veicular artistas e famosos em camarotes. São páginas e páginas que se limitam a falar de feijoadas, flirts de personalidades, com raras exceções, como aconteceu com a eleição da personalidade carnavalesca, por Joaquim Santos ou ainda os troféus que contam com a participação popular na escola.
Preocupa-nos o rumo que o evento está tomando. Não podemos deixa de elogiar a Cidade do Samba mais ela deverá ser não só um equipamento, para criação de enredos mas sobretudo um espaço aberto para debates, seminários e pesquisas sobre o maior evento do planeta.
Sugerimos também que o governo Federal ao invés de patrocinar desfiles de escolas específicas, cuide da promoção efetiva do evento no exterior, trazendo jornalistas e convidados especiais, para criar verdadeiros embaixadores. As cidades que realizam carnaval podem ser aproveitadas também para intercâmbio de experiências ou até apresentações durante o ano, em diversos países.
O próximo carnaval deve reviver os foliões originais, os grandes bailes populares, os desfiles de fantasia e quem sabe a criação de um grande conselho do carnaval em cada estado, para buscar a manutenção das raízes, junto com a técnica necessária para a sobrevivência do evento. Pernambuco é talvez um dos poucos estados da federação, que ainda consegue nas ruas de Recife e Olinda, uma democratização e que pode servir de exemplo, para novas organizações, em função das características específicas de cada cidade.
O Brasil viveu uma época privilegiada, notadamente o Rio, por força de um esforço dos governos municipal e estadual, na manutenção da ordem e na organização da cidade mais o novo turista quer cada vez mais uma experiência cultural e não apenas assistir um desfile. São apenas algumas considerações, de alguém que trabalha para o turismo brasileiro, dentro de uma visão crítica mais realista. Alguém que acredita que a cidade do carnaval foi feita também para aqueles que nela vivem e sobretudo que a festa é fruto de um passado cultural e não de uma coreografia repentina.
O próximo carnaval deve reviver os foliões originais, os grandes bailes populares, os desfiles de fantasia e quem sabe a criação de um grande conselho do carnaval em cada estado, para buscar a manutenção das raízes, junto com a técnica necessária para a sobrevivência do evento. Pernambuco é talvez um dos poucos estados da federação, que ainda consegue nas ruas de Recife e Olinda, uma democratização e que pode servir de exemplo, para novas organizações, em função das características específicas de cada cidade.
O Brasil viveu uma época privilegiada, notadamente o Rio, por força de um esforço dos governos municipal e estadual, na manutenção da ordem e na organização da cidade mais o novo turista quer cada vez mais uma experiência cultural e não apenas assistir um desfile. São apenas algumas considerações, de alguém que trabalha para o turismo brasileiro, dentro de uma visão crítica mais realista. Alguém que acredita que a cidade do carnaval foi feita também para aqueles que nela vivem e sobretudo que a festa é fruto de um passado cultural e não de uma coreografia repentina.
BAYARD BOITEUX dirige o curso e o MBA em Turismo da UniverCidade www.univercidade.edu
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