domingo, maio 07, 2006

Reflexão urgente sobre o destino das atribuições da DGT - Propostas claras e fundamentadas a curto prazo

Este é um tempo de mudanças profundas na administração do turismo português. O seu figurino depois do PRACE será diferente, constituindo, goste-se ou não, de um marco na história do turismo português.
Fechou-se o fecundo ciclo da especialização dos órgãos e inicia-se outro sob a égide da concentração. Alteração profunda ao nível da orgânica e, ao que se sabe, dos titulares.
O corrente mês de Maio constitui um período decisivo nesta inexorável e musculada marcha do PRACE porquanto as leis orgânicas a criar, designadamente a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), ou a modificar, como é o caso do Instituto de Turismo de Portugal (ITP), encontram-se em fase de elaboração.
Naturalmente que se impõe da parte do sector do turismo, maxime do associativo, um conjunto de ideias claras para poder influenciar, em alguma medida, a marcha dos acontecimentos. Doutro modo, é novamente apanhado de surpresa, reagindo a posteriori à adversidade e com a agravante, pelo menos num caso, em termos não inteiramente coincidentes.
E não restam dúvidas que o Governo vai aproveitar estas invulgares condições para concretizar as mudanças. Sem oposição visível e minimamente estruturada neste domínio – não se conhecem, até ao momento, quaisquer reacções dos responsáveis políticos que se ocupam das matérias do turismo no PSD, PCP ou PP, pelo que praticamente se pode falar de um tácito acordo de regime nestas substanciais modificações na administração central do turismo – quanto mais cedo se concluírem estas modificações melhor, antes que o principal partido da oposição, encerradas as primárias, desperte finalmente para a sua principal função.