segunda-feira, agosto 28, 2006

SpaceShipOne pode inaugurar o turismo no espaço.

Segundo o piloto brasileiro Marcos Pontes, que se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço como tripulante da espaçonave russa Soyuz, 2015 é uma data plausível para o início dos serviços comerciais. Duas tecnologias competem pelo novo mercado - o elevador espacial, que subiria por um cabo preso à Lua, e as naves espaciais propriamente ditas. Para Pontes não vai ser o elevador - ele conheceu por dentro a SpaceShipOne, espaçonave criada para vôos civis.
SpaceShipOne não levanta vôo sosinha, ela é levada por um avião maior, o White Knight, até a altura de 15 kilometros. Aí já no ar, se solta e vai com seu próprio motor, até 100km - altura em que começa o espaço sideral. A vantagem disso é que a espaçonave se vira com um motor bem menor, e não precisa levar tanto combustível. "Ela é simples, mas o projeto é muito inteligente", aprova Pontes.
Já na Terra, para quem quer viajar de avião de um lado para outro, uma decepção. Segundo o astronauta, é pouco provável que um avião civil volte a ter, num futuro próximo, aviões supersônicos capazes de viajar a mais de 2.000 mm/h, como o Concorde, aposentado em 2003 por questões de segurança."As empresas estão investindo em aviões de grande capacidade, como esse Airbus" - referência ao monstruoso A380, que começa a voar este ano e promete acomodar nada menos que 850 passageiros (mais que o dobro do Boeing 747 atual).
Fonte: jornal impresso O Estado de São Paulo de 28/08/06 caderno Link L12. Texto com adaptações e links acrescentados.