Graduação,Pós e Pesquisa em Turismo
Graduação, Pós e Pesquisa em Turismo
Bayard Do Coutto Boiteux
O Brasil é hoje o país no mundo que tem o maior número de faculdades de turismo, embora a profissão não seja regulamentada e tenhamos recebido menos de 1% dos 808 milhões de turistas, que viajaram pelo mundo, em 2005. As instituições de ensino foram abrindo cursos de turismo, sem atentar para a empregabilidade, a estrutura de laboratórios, a necessidade efetiva de vivências práticas através de visitas técnicas, laboratórios, palestras e seminários, além do acervo das bibliotecas. Podemos afirmar em sã consciência que apenas 20% cumprem seu papel precípuo de formar recursos humanos para o mercado, de acordo com as necessidades do mesmo e capazes de mudar a atual situação turística do país.
Por outro lado, somos o país que edita o maior número de livros de turismo, existindo hoje, quase que 60 editoras que se dedicam aos diversos segmentos da atividade. É um avanço muito grande, se pensarmos que há dez anos, ainda éramos obrigados a utilizar livros de autores estrangeiros, totalmente fora de nossa realidade.
No entanto, causa-nos espanto o número reduzido de pós-graduações strictu sensu em turismo especificamente: são apenas 5 em todo o território nacional, que alcançaram no máximo, nota 3, na avaliação da Capes. Assim, é necessário repensar urgente tal segmento, sobretudo quando o Ministério da Educação exige a presença de doutores e mestres em turismo, para melhor avaliar os cursos no Brasil. Precisamos, criar novas oportunidades para aqueles que querem se aprofundar na pesquisa do turismo, que muito pouco inovou nos últimos 20 anos, no tocante aos produtos e suas formas de comercialização.
A maior surpresa é a falta de pesquisa. Pesquisa sistemática com enfoque mercadológico em turismo só é realizada em pouquíssimas instituições de ensino superior. Hoje, o Cepetur da UniverCidade, no Rio de Janeiro, produz o maior número de pesquisas e informações, entre as universidades da América do Sul, apoiado pelo CIRET – Centre International de Recherches et Etudes Touristiques.
No momento em que se questiona o papel do Estado na educação brasileira, cabe uma reflexão sobre os desafios que o curso superior de turismo deve enfrentar nos próximos anos, para ser considerado realmente um instrumento de mudança e responsabilidade social num país que deve entender que turismo é uma solução, começando por incluir no concurso do Ministério do Turismo, a função do turismólogo.
Bayard Do Coutto Boiteux é diretor do Curso e do MBA em Turismo da UniverCidade, no Rio de Janeiro e preside o site Consultoria em Turismo (www.bayardboiteux.pro.br)
Bayard Do Coutto Boiteux
O Brasil é hoje o país no mundo que tem o maior número de faculdades de turismo, embora a profissão não seja regulamentada e tenhamos recebido menos de 1% dos 808 milhões de turistas, que viajaram pelo mundo, em 2005. As instituições de ensino foram abrindo cursos de turismo, sem atentar para a empregabilidade, a estrutura de laboratórios, a necessidade efetiva de vivências práticas através de visitas técnicas, laboratórios, palestras e seminários, além do acervo das bibliotecas. Podemos afirmar em sã consciência que apenas 20% cumprem seu papel precípuo de formar recursos humanos para o mercado, de acordo com as necessidades do mesmo e capazes de mudar a atual situação turística do país.
Por outro lado, somos o país que edita o maior número de livros de turismo, existindo hoje, quase que 60 editoras que se dedicam aos diversos segmentos da atividade. É um avanço muito grande, se pensarmos que há dez anos, ainda éramos obrigados a utilizar livros de autores estrangeiros, totalmente fora de nossa realidade.
No entanto, causa-nos espanto o número reduzido de pós-graduações strictu sensu em turismo especificamente: são apenas 5 em todo o território nacional, que alcançaram no máximo, nota 3, na avaliação da Capes. Assim, é necessário repensar urgente tal segmento, sobretudo quando o Ministério da Educação exige a presença de doutores e mestres em turismo, para melhor avaliar os cursos no Brasil. Precisamos, criar novas oportunidades para aqueles que querem se aprofundar na pesquisa do turismo, que muito pouco inovou nos últimos 20 anos, no tocante aos produtos e suas formas de comercialização.
A maior surpresa é a falta de pesquisa. Pesquisa sistemática com enfoque mercadológico em turismo só é realizada em pouquíssimas instituições de ensino superior. Hoje, o Cepetur da UniverCidade, no Rio de Janeiro, produz o maior número de pesquisas e informações, entre as universidades da América do Sul, apoiado pelo CIRET – Centre International de Recherches et Etudes Touristiques.
No momento em que se questiona o papel do Estado na educação brasileira, cabe uma reflexão sobre os desafios que o curso superior de turismo deve enfrentar nos próximos anos, para ser considerado realmente um instrumento de mudança e responsabilidade social num país que deve entender que turismo é uma solução, começando por incluir no concurso do Ministério do Turismo, a função do turismólogo.
Bayard Do Coutto Boiteux é diretor do Curso e do MBA em Turismo da UniverCidade, no Rio de Janeiro e preside o site Consultoria em Turismo (www.bayardboiteux.pro.br)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home